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"... dentro dela tem um coração bobo, que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez. Uma solidão de artista e um ar sensato de cientista… tem aquele gosto doce de menina romântica e aquele gosto ácido de mulher moderna." Caio Fernando Abreu

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Lembranças




De repente a gente volta no tempo. Um cheiro, uma imagem, uma música, uma palavra, uma ação. São vários os meios de transporte para o passado. Hoje me lembrei de que quando tinha por volta dos oito anos de idade, eu adorava brincar sozinha entre os lençóis perfumados que minha mãe pendurava no varal no fim da tarde. Era como se eu transitasse entre diferentes dimensões em instantes. E na brincadeira de criança eu já pensava na relatividade das coisas. Suspiro profundo. A simplicidade sábia da infância deveria ser preservada. Adultos, nos tornamos graves e ser feliz dá muito mais trabalho. O crepúsculo sempre foi minha hora mágica do dia, quando em casa eu gozava plena a felicidade e o amparo da família. Descobria o mundo intrigada com os espetáculos da natureza. Agora, um pouco mais a frente na estrada, ainda fico tonta com tanta beleza irradiada. 

Julliana Soares

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