Quem sou eu

Minha foto
"... dentro dela tem um coração bobo, que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez. Uma solidão de artista e um ar sensato de cientista… tem aquele gosto doce de menina romântica e aquele gosto ácido de mulher moderna." Caio Fernando Abreu

domingo, 20 de novembro de 2011

Como o indiferente ao contrário

Já é noite. perdoe-me, permita-me! Não cabem mais razões para validar a hipótese de loucura, no entanto, continuo pensando. Transtorno obssessivo? Não. Simples demais. É de ordem insana e humana mesmo, psicoticamente normal. E à todos acomete... Que bom, ou não? Não sei de sua estrutura, sua expessura, densidade. Nada. Talvez o nome, simplesmente. E a incerteza plena misturada com devoção e vontade. Amor. Vivo descobrindo... Suas formas, seus atalhos, suas gaças! E tudo cabe, meu corpo expande-se ao céu. Quando Eros visita os encontros Eróticos ou não, manifestos! Inteiros! É num desses malandros segundos que tudo acontece. E pronto! Está travada a eterna batalha EMOÇÃO x RAZÃO. E o desejo incessante de misturá-los e beber acompanhado.


"Eu me despeço
Eu em pedaços
Como um silêncio ao contrário
Enquanto espero
Escrevo uns versos
Depois rasgo"
_ Adriana Calcanhoto


Julliana Soares


domingo, 2 de outubro de 2011

Acordando

Que bom que foi efêmero como um sonho,

Assim é mais fácil de esquecer.

Dei passos leves e intensos

E tudo foi suave, parecia realidade.

Mas numa realidade não compartilhada tudo vai embora.

Acordei agora, com a típica sensação dos sonhos que mechem com a gente

E desejamos, mais que tudo, continuar no sonho eternamente!

Sonho e realidade tem distâncias tênues e ambos marcam o corpo,

Porque até no sonho a gente sente.

Ousamos irresponsavelmente ser felizes,

E eis o motivo que salvará a todos...

Fico agora com a vida que segue, inevitável,

Colocando cada coisa em seu lugar!

Que venham realidades oníricas

E mais sensações para contar...

"Um mistério sempre há de pintar por aí."

Julliana Soares

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Sábado animado!

Eu queria um pouco daquelas tardes de sábado, quando sem pensar na vida à vivíamos intensamente. E sem saber que a felicidade é efêmera nos fartávamos inocentes.
E é na lembrança, ainda que oculta, que definhamos ou ganhamos força.
É possível seguir sozinha, depois que aprendemos essa condição, no entanto, teimo em carregar você, vejo reminiscências refletidas no espelho. Eu me confundo com você, eu me separo sem querer, eu vivo em guerra, entre o desejo e o poder.
Tento escrever, o que pra mim é impossível traduzir na fala, porque nem sempre a linguagem dá conta das inquietudes humanas. É só saudade de tempos claros, de ruas vivas e de vigor na minha alma. O amor fica insuportável quando é castrado, ele passa a ocupar um lugar mais amplo em nós, em mim.
Eu queria segurar sua mão e olhar seu rosto num instante infinito. Só de pensar na possibilidade uma alegria instantânea me consome.
Quantas flores estampam esse momento em que observo você dentro de mim, no corpo inteiro. Eu fui marcada eternamente pelo conforto da sua presença. O que farei se não estás aqui?
Eu tento me tornar uma pessoa comedida, equilibrada, mas sou abalada constantemente por doses de saudade concentrada.
Você partiu perto de mim, o silêncio tomou conta, o medo surgiu e as perguntas se multiplicaram. Também não quero respostas, quero outra vez aquele sábado e você na minha varanda.

Julliana Soares



terça-feira, 19 de julho de 2011

A Partida


Não tenho palavras comuns para te dar nesse momento
Eu sei querida o que esperas de mim

Mas tua partida não será como as outras
Porque dessa vez, escapou de ti tua própria vida e eu fiquei partida ao meio.

Não tenho abraços comuns para te dar nesse momento
Eu sei querida o que esperas de mim

Mas tua partida nunca será como as outras
Porque não ficarei só
Deixastes involuntariamente tuas memórias pela casa
E terei uma de ti para cada dia da semana

Não tenho lírios comuns para te dar nesse momento
Eu sei querida, preferes os delírios inesperados.









Julliana Soares








Em 23 de agosto de 2010

Ímpar ciência

Declaração imoral a moral social.


Tenho a consciência ímpar da
impaciência
Hoje não há ciência que me prove a paciência
Só a loucura, pura
e sem prudência
Causará um pouco de indescência
Pra devolver minha paciência.


Julliana Soares

sábado, 16 de julho de 2011

Escorrendo uma lembrança







Para Maria



Por que o amor escorre tanto?






Por que insiste em me dilacerar?
Agora nem sei mais quem sou, é verdade!
Sei apenas que te amando sou divina.
Que vontade de fazer o amor materializar-se.
E abraçá-lo com uma colcha quente,
dizer-lhe coisinhas no ouvido,
amando-o intensamente.

Minha querida, minha bela
Gostaria de olhar-te dormindo agora e
Esperar-te na tardinha sedenta de você.
Mas voas longe, num céu tão claro
Que eu nem posso ver...
Ah, ver-te agora seria mais que um prazer.
Então arranco meu coração
O meu amor materializado,
E aconchego-o no peito
Pra lembrar que me amavas assim e de muitas maneiras.
Porque o amor escorre dentro de mim



Não tem fronteiras...
Não tem mais tempo
Não tem matéria
Não tem sustento
Me dilacera
Como um rebento

Eu não te deixo, eu não te esqueço, eu não te largo
Assim será, porque também não me deixas-te.


Julliana Soares