Que eu possa encontrar um ponto de sanidade no meio de tanta loucura
Que eu possa sofrer as dores da alma e do corpo e atrever-me a dizer que “nem doeu”
Que eu saiba ser feliz, tomada da mais absoluta convicção, ainda que sozinha
Que eu possa reconhecer o valor das coisas triviais e dá-lhes o merecido sentido
Que eu encontre o amparo divino fora das ilusões
Que eu possa encarar o meu espelho algumas vezes na semana
Que eu admita a comicidade impagável da espécie humana
Que eu vivencie sem desespero toda tragédia cotidiana
Que eu permita ser invadida, mas nunca violada
Que eu saiba sair de cena como exercício de alteridade diária
Que eu sustente meu universo com os braços ternos da maternidade
Que eu saiba ser doce e suave sem perder a força e a vitalidade
Que eu esteja imune a conformidade
Que eu possa silenciar sem deixar de estar presente
Que eu suporte os remédios amargos e o peso da sabedoria
Por fim, depois de toda graça alcançada,
Que eu possa tirar as sandálias e curvar meu ser inteiro
Julliana Soares
Que eu vivencie sem desespero toda tragédia cotidiana
Que eu permita ser invadida, mas nunca violada
Que eu saiba sair de cena como exercício de alteridade diária
Que eu sustente meu universo com os braços ternos da maternidade
Que eu saiba ser doce e suave sem perder a força e a vitalidade
Que eu esteja imune a conformidade
Que eu possa silenciar sem deixar de estar presente
Que eu suporte os remédios amargos e o peso da sabedoria
Por fim, depois de toda graça alcançada,
Que eu possa tirar as sandálias e curvar meu ser inteiro
Julliana Soares
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