Meu ser não tem dimensão.
É como a tempestade no
verão.
Vivo para dentro,
numa inversa direção.
Eu atropelo a mim,
ando na contramão.
Quando pondero,
perco qualquer razão.
Enquanto choro,
escrevo uma canção.
Sorriso aberto,
lágrimas na mão.
Misturo inconstância,
Com plena contradição.
Meu pé, não sente o chão,
Fecho a janela,
mas abro o portão,
Quero dizer sim,
e apresenta-se o não,
Posso ser Julieta,
ou Hilda Furacão.
Encontro o problema,
Perco a solução.
Gosto mais de frio
Mas amo o sertão.
Não quero andar sozinha,
Prefiro a multidão.
Sinto com o cérebro,
penso com o coração.
- Julliana Soares
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